Para que você nunca mais tenha dúvidas sobre as termos, presentes nas embalagens dos produtos de beleza, pedimos uma ajudinha para o Rafael Zarvos, da Oceano Resíduos, que gentilmente montou um dicionário explicando ”o que é o quê”. A seguir, confira!
Cosmético Natural: no Brasil não existe Norma, Portaria e nem Diretrizes que regulamentem a classificação de “Cosmético Natural”. Então, a maioria dos fabricantes adotam os conceitos da IBD, maior Certificadora da América Latina. E para que o cosmético possa receber um Selo de “Natural”, precisa utilizar matérias-primas naturais cujas substâncias sejam de origem vegetal, inorgânica-mineral ou animal (exceto vertebrados) e suas misturas. As matérias-primas derivadas do natural, precisam ser preferencialmente ser oriundas de insumos orgânicos. Logo, produtos que contém corantes sintéticos, fragrâncias sintéticas, polietilenoglicóis (PEGs), quaternários de amônio, silicones, conservantes sintéticos, dietanolamidas, derivados de petróleo etc, não podem ser considerados naturais.
Cosméticos Orgânicos: baseado na sustentabilidade, usam produtos naturais e o seu manuseio não agride o meio ambiente. Precisam ser certificadas para receberem a denominação “Orgânico”. O cosmético a ser classificado como orgânico deve conter pelo menos 95% de matérias-primas orgânicas. Os cosméticos orgânicos devem destacar quais são os ingredientes orgânicos utilizados e deverão obrigatoriamente apresentar o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SISOrg) ou então o selo “IBD Orgânico”.
Cosméticos Veganos: produção que não utiliza matéria-prima de origem animal. Além disto, a empresa que cria o produto não pode fazer o teste final em animais bem como os fornecedores dos insumos devem comprovar que os ingredientes não foram testados em animais. É preciso prestar atenção na etiqueta para ver se o fabricante não está usando substancias derivadas do petróleo. Em 2013 a Sociedade Vegetariana Brasileira (SBV) criou um selo para certificar os produtos veganos.
Cosméticos Cruelty-free: produtos desenvolvidos e que não foram testados em animais. Exige-se ainda que a empresa implemente um sistema de monitoramento da cadeia de fornecedores. Atualmente existe um selo internacional, o “Leaping Bunny”, que garante que o produto é “Cruelty-Free”. Contudo, não significa que em sua composição não haja ingrediente de origem animal.
Cosméticos Biodinâmicos: precursor do conceito orgânico, surgiu em 1924 na Polônia com uma abordagem holística, onde o produtor utiliza os conceitos da Homeopatia e do calendário lunar para cultivar a matéria-prima que será usada na produção. A agricultura biodinâmica utiliza os mesmos meios de produção orgânica, praticando a compostagem e utilizando substâncias vegetais e minerais para fazer a adubação. A sua produção é mais restrita. É considerado uma espécie de “Orgânico Premium”. Somente são considerados Biodinâmicos se tiverem o selo “Demeter”.
E aí, tirou as suas dúvidas? Quais tipos de produto você costuma utilizar em sua rotina? Comente!