O flexitarianismo, termo ainda novo para muitos, descreve uma prática alimentar que não exclui completamente o consumo de carne, mas incentiva a descoberta de novas combinações apenas com alimentos de origem vegetal. Uma pesquisa realizada pela Ipec em 2021 revelou a mudança significativa nos hábitos alimentares dos brasileiros: 46% disseram reduzir o consumo de carne ao menos uma vez na semana por escolha própria. Este dado além de ilustrar a transformação nas preferências individuais, também sinaliza a adesão crescente ao flexitarianismo no país.
O movimento, que tem suas raízes nos anos 2000, se destaca pela facilidade de adaptação, visto que não exige as restrições rigorosas do veganismo ou do vegetarianismo estrito. Esse interesse pela dieta com mais vegetal é motivado por diversos fatores, como:
- busca por uma alimentação mais equilibrada e saudável
- preocupação crescente com o bem-estar animal
- impactos ambientais da produção de carne.
Relatórios divulgados pela Euromonitor apontam que cerca de 23% dos consumidores globais estão tentando limitar o consumo de carne em suas refeições, um reflexo direto desse movimento. No Brasil, o número de pessoas que se identificam com o flexitarianismo saltou de 29% em 2018 para 50% em 2020, segundo pesquisa do IBOPE.
Esse aumento expressivo demonstra não apenas uma mudança de hábito alimentar, mas uma nova percepção sobre saúde e sustentabilidade. A redução do consumo de proteína animal contribui significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, um dos principais fatores de impacto no aquecimento global.
O impacto positivo está no prato
A produção de carne e laticínios, conforme dados da FAO, é responsável por 14,5% das emissões mundiais de gases de efeito estufa. Nesse contexto, o flexitarianismo se apresenta como uma alternativa viável e eficaz para mitigar os efeitos negativos da indústria pecuária no meio ambiente. A adoção dessa dieta flexível pode, portanto, contribuir para a preservação dos recursos naturais e a proteção da biodiversidade.
Em termos de saúde, a transição para uma alimentação mais rica em vegetais traz benefícios evidentes. Dietas à base de plantas estão associadas a um menor risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e certos tipos de câncer. Essa é uma das razões pelas quais muitos optam por se tornar flexitarianos, buscando melhorar a qualidade de vida através de escolhas alimentares mais conscientes.
Este cenário favorece estabelecimentos como o Purana.Co, um restaurante plant-based localizado em São Paulo, que oferece não apenas uma alimentação saudável, mas também uma experiência externa para o bem-estar e a autocura. O Purana.Co se posiciona como um santuário urbano para aqueles que buscam integrar em seu cotidiano uma alimentação mais consciente e natural. Localizado dentro do Espaço aFlora, no bairro Pinheiros, o restaurante transcende a ideia convencional de alimentação saudável, promovendo uma abordagem holística.