Há pouco mais de um mês, o mundo presenciou um acontecimento histórico: a ONU adotou um tratado inédito para proteger o alto-mar, estendendo o compromisso de proteção ambiental até as águas internacionais, que representam mais de 60% dos oceanos no mundo. O acordo é essencial para preservar a vida marinha, que é responsável pela maior parte do oxigênio da Terra.
Foco de estudos recentes, os corais marinhos representam um dos grupos de animais com o estado de saúde mais precário nesse ecossistema – o que é alarmante, visto que eles estão para o oceano como as florestas estão para a fauna e flora, sendo fundamentais. Sua perda de cor é um problema ecológico grave, que compromete toda a vida marinha, visto que várias espécies dependem dos recifes de corais para se desenvolverem e se reproduzirem.
É possível observar esse processo crescente, sendo que pesquisadores apontam o desaparecimento total dessa espécie até 2100, caso não haja uma mudança de comportamento. Uma das principais causas desse desastre natural é a presença de poluentes no mar, como os químicos encontrados na fórmula da maior parte dos filtros solares – estima-se que até 14 mil toneladas do produto são levadas para os mares em todo o mundo, a cada ano.
Diante desse cenário, o Grupo Boticário avançou na busca por sucesso responsável e desenvolveu uma metodologia científica inovadora que garante que a formulação completa dos protetores solares de Australian Gold não branqueie ou agrida os corais, protegendo o ecossistema marinho. Realizada em parceria com um laboratório de ecotoxicologia europeu, a iniciativa colocou a marca como uma das primeiras marcas de cosméticos nacionais com o atributo Reef Safe em seus filtros solares, ou seja, Seguro Para Corais.
Preservação da vida marinha na história do Grupo Boticário
A ONU declarou que, até 2030, estamos na Década do Oceano, um período para promover a cooperação internacional voltada à gestão e preservação dos recursos naturais de zonas costeiras. O primeiro encontro global do movimento para comunicadores, o Conexão Oceano, foi realizado no Brasil, promovido pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
Nos últimos 31 anos, 25% dos valores doados pela Fundação foram destinados a iniciativas para conservação de ambientes marinhos – segundo a Unesco, a média global de investimento fica entre 0,04% e 0,4%. Com o objetivo de garantir a sobrevivência de espécies de corais em risco de extinção, a FGB também apoia o projeto da Rede de Pesquisas do Instituto Coral Vivo, que usa tecnologia pioneira para criar banco de gametas e gerar corais de proveta, além de apoiar o desenvolvimento de protocolos de controle dos recifes por meio de drones.
Em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza também desenvolveu uma tecnologia de transplante que funciona como uma espécie de berço para os corais – seus fragmentos são mantidos até que se recuperem, cresçam e possam ser reinseridos em seus hábitats.