Durante o Carnaval 2024, o Pimp My Carroça e o Cataki recebem, pelo segundo ano consecutivo, apoio do Instituto HEINEKEN para executar a gestão de resíduos recicláveis de dois dos seus blocos patrocinados ao lado das catadoras e catadores. A iniciativa da “CataFolia” vai ao encontro de um objetivo comum das organizações:
- transformar a sociedade por meio do equilíbrio e contribuir com melhores oportunidades e um ambiente mais digno de trabalho para esses profissionais, passando pelo reconhecimento e remuneração justa.
“Pelo segundo ano consecutivo, uma vez, esses importantes profissionais que trabalham todos os dias limpando nossas cidades sem reconhecimento nenhum farão a coleta dos recicláveis e serão remunerados por isso. Essa ação é importante para a valorização e visibilidade do seu trabalho na maior festa da cidade”, diz Letícia Tavares, diretora executiva do Pimp My Carroça e Cataki.
Nos dias 3 e 4 de fevereiro, os blocos Casa Comigo e Acadêmicos do Baixo Augusta receberam uma força de trabalho com fortes valores sociais e ambientais. As ações de coleta vão gerar aumento de renda para cerca de 130 profissionais, que promovem a importância da reciclagem e do trabalho dos catadores e catadoras para os milhares de foliões que participarão da maior festa de rua do país.
“Como uma grande empresa no setor de bebidas, reconhecemos a importância de atuarmos ativamente no desafio de promover condições mais dignas de trabalho para os catadores autônomos, profissionais que exercem um papel tão fundamental na cadeia da reciclagem e que muitas vezes são invisibilizados ou tem seu ofício pouco valorizado em nossa sociedade. Acreditamos que é por meio do desenvolvimento social que poderemos gerar transformação, promovendo o incremento na renda dessas famílias, melhores oportunidades, ferramentas apropriadas de trabalho e um olhar de valorização ao protagonismo e importância do profissional catador”, explica Vânia Guil, gerente executiva do Instituto HEINEKEN.
Como funcionou a gestão de resíduos recicláveis com catadores nos blocos?
Catadoras e catadores que se cadastraram foram selecionados para participar da ação através de um formulário aberto e busca ativa na cidade de São Paulo. Para prestarem o serviço dentro dos blocos, recebem treinamentos sobre:
- segurança do trabalho
- redução de danos
- comunicação não violenta, entre outros temas.
Durante o evento, os profissionais também recebem camisetas de identificação e EPIs de segurança, além de espaços para descanso e banheiros exclusivos.
“As pessoas têm que entender que nosso trabalho é profissional, digno e merece respeito. Quando estamos catando na rua normalmente a sociedade não nos dá nada. Mas quando estamos uniformizados, em um grupo organizado, com equipamentos, as pessoas têm outra impressão”. Thiago Santos, catador que participou da CataFolia em 2023.
Os profissionais foram divididos em equipes de trabalho a depender da expectativa de público de cada bloco. No dia da festa, cada folia teve carroças de apoio – no começo e no final da rota. Ao longo do dia, os catadores levaram os materiais para os pontos de armazenamento espalhados nos trajetos. No fim de cada dia de trabalho todos receberam o pagamento da diária e, após os resíduos serem comercializados, o valor adquirido será dividido igualmente.
“O Pimp My Carroça veio pra mostrar que a gente tem valor, eles estão nos pagando para catar. Na vila, a gente cata sem ninguém pagar a gente por isso. Na rua, as pessoas não têm a mínima consciência, nem para botar o vidro quebrado numa caixa de papelão”, conta Sidney Junior, catador de materiais recicláveis que também participou da ação.
