Na Pró-Rim já são quase 2 mil transplantes, uma segunda chance de vida para cada um desses pacientes
A doação e o transplante de órgãos são assuntos que sempre geram muitas dúvidas. E Setembro Verde é o mês dedicado a debater esse tema, já que na quarta-feira (27) é o Dia Nacional da Doação de Órgãos. No Brasil, são mais de 40 mil pessoas na lista do transplante por algum órgão. E apenas um doador pode salvar até oito vidas.
A Fundação Pró-Rim foi pioneira em transplante renal em Santa Catarina e hoje é referência nesse tipo de procedimento. Desde o início de sua história, há mais de 35 anos, já são mais de 1.400 transplantes. Para o presidente da Fundação Pró-Rim, Maycon Truppel Machado, no DNA da Fundação Pró-Rim, a luta em salvar vidas ocorre diariamente. “Por isso, buscamos sempre conscientizar a todos sobre a importância da doação de órgãos”, conclui o presidente.
Doações e Transplantes
Somente neste ano, a equipe da Pró-Rim já realizou 31 transplantes. E em todo o Estado foram 172 procedimentos. No Brasil, são 4.072 pessoas que receberam um rim em 2023, a maioria são homens. Mas se de um lado temos os que já receberam um rim, do outro existem aqueles que continuam na lista. Se levarmos em conta todos os órgãos possíveis de serem transplantados, em Santa Catarina são mais de 900 pessoas na lista de espera por um transplante. Desses, 824 aguardam um rim.
O rim é o órgão com o maior número de pessoas na lista, sendo mais de 37 mil em todo o Brasil. Mesmo sendo um dos países que mais transplantam no mundo, a lista de espera por um órgão ainda é grande no Brasil. E cerca de 95% dos transplantes são custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que regula e controla todos os órgãos que são transplantados no país, incluindo a sua captação e distribuição.
Os órgãos e tecidos que podem ser transplantados são rins, fígado, pulmão, coração, córneas, pâncreas, tecidos, ossos, pele e medula óssea. A médica nefrologista Luciane Deboni, coordenadora dos Transplantes da Fundação Pró-Rim, explica que os doadores vivos devem ser parentes. “A nossa legislação permite transplantes entre vivos, de parentes até quarto grau, o que significa primos. Ou seja, pai, mãe, filhos, irmãos, tios e primos, podem doar para um parente. Além disso, o cônjuge também pode doar, pois é considerado afetivamente relacionado. Fora essa relação de parentesco, a nossa legislação não permite a doação entre vivos como amigos”, finaliza a médica.