O Brasil deu um passo significativo na proteção animal e se uniu a um grupo de nações que proíbem o uso de animais em testes para o desenvolvimento de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. A nova lei federal, sancionada em julho, é fruto de 12 anos de debates no Congresso e de forte mobilização de grupos defensores dos direitos dos animais.
Até então, animais como coelhos, porquinhos-da-índia e camundongos eram comumente utilizados em laboratórios para avaliar se os componentes químicos dos produtos causavam reações como alergias e irritações na pele e nos olhos. Com a aprovação da lei, essa prática está oficialmente proibida em todo o território nacional, estendendo a norma que já havia sido adotada por alguns estados.
A medida vai além da proibição de testes no país. Ela também impede a venda de produtos cosméticos que tenham sido testados em animais no exterior. As autoridades sanitárias têm um prazo de dois anos para estabelecer as rotinas de fiscalização, garantindo o cumprimento da lei.